O teatro de fantoches é uma antiga forma de expressão artística originada há cerca de três mil anos. Desde então, os bonecos foram usados para animar e comunicar ideias ou necessidades de várias sociedades humanas.
Alguns historiadores defendem que seu uso antecipou os atores no teatro. Evidências mostram que eram utilizados no Egito, em 2000 a.c., com o uso de figuras de madeira operadas com barbante. Bonecos articulados de marfim e argila controlados com cordões também foram encontrados nas tumbas egípcias. Os hieróglifos também descrevem "estátuas que caminham" usadas pelos antigos egípcios em peças teatrais religiosas.Os escritos mais antigos sobre os bonecos são creditados a Xenofonte em registro datado de 422 a.c.
Como esta modalidade lembrava demais os antigos ritos animistas, a Igreja começou a proibir as encenações dentro dos templos. Esta atitude deu origem aos teatros itinerantes, os quais reduziram o porte de forma a poder circular aqui e ali com suas representações, especialmente pelas ruas e em festas empreendidas no interior dos palácios.Como esta modalidade lembrava demais os antigos ritos animistas, a Igreja começou a proibir as encenações dentro dos templos. Esta atitude deu origem aos teatros itinerantes, os quais reduziram o porte de forma a poder circular aqui e ali com suas representações, especialmente pelas ruas e em festas empreendidas no interior dos palácios.
Ao longo do Renascimento eles são novamente resgatados no seio das Igrejas, apresentando-se também nos pátios residenciais e nas festas realizadas durante as feiras. A platéia se populariza e o teatro de fantoches assume uma postura mais satírica, impregnada de humor. Ele tem um papel importante nesse período, chegando até mesmo a preservar o Teatro Inglês quando este é interditado durante 18 anos.
Seguindo a evolução histórica, os fantoches foram se transmutando conforme as necessidades de cada época, não se atendo jamais ao passado. Assim, eles estão sempre em metamorfose, constantemente assumindo novas formas. Esta modalidade teatral preserva sempre, porém, seu caráter ambulante, ao encenar seus espetáculos não só nos teatros convencionais, mas também nas ruas, nas praias, nos espaços ao ar livre diante das Igrejas.
O fantoche é um outro recurso, significativo, para a "Contação de
Histórias”. Utilizado com muita freqüência no ambiente escolar, é um excelente
auxiliar na tarefa de contar histórias, facilitando para o educador, que
encontra no boneco um meio físico, real de envolver as crianças, de forma
mágica e lúdica. Pois, o fantoche é mais que um simples boneco, é a "personificação"
do personagem que se torna algo real e concreto, que expressa emoções e
sentimento através dos gestos e da voz de quem o manipula.
O fantoche é um objeto de expressão, tem função social, é um ser de
comunicação, promovendo relações com o mundo interno, externo e com o outro. Os
fantoches são em si provedores de diálogo. A construção da história pessoal que
vai sendo medida e ampliada pelo outro. Para a criança que ouve é extremamente
envolvente e mágico, já que este personagem parece realmente existir. Ela,
então, entra no jogo da imaginação, rapidamente, acreditando que o fantoche tem
vida própria, capaz de manter até um diálogo com o boneco por muito tempo, sem
perceber ou dar importância para quem o manipula, ou seja, fica completamente absorvida
pelo boneco, que em sua imaginação tem vida, é um ser.
O fantoche é um objeto que transita entre o mundo interno e o externo da
criança. Ele é um símbolo da intimidade de seu ser expresso em brincadeira.
Assim, o fantoche tem alto valor pedagógico, criativo e terapêutico, pois, a
criança tanto pode assistir a história, como pode manipula-lo e dar vida àquilo
que toca. A oralidade, nesse momento, tem fundamental importância e é com
certeza desenvolvida em sua plenitude, pois é ela que garante a expressão de
valores, sentimentos, emoções e criatividade de quem o manipula, seja o
educador ou a criança.
Assim, o fantoche é um personagem criado pelo seu manipulador e todo
personagem carrega uma história. A transposição para a linguagem verbal ocorre
na perspectiva de “ressignificar” o processo em que a imagem interna sugere a
criação de uma mensagem oral. O que confirma, que cada vez que uma história é
contada, mesmo que por varias vezes, é única, pois o contador e a plateia nunca
são os mesmos.
Lembre-se, cada momento é único, assim como cada história contada é
única. Devemos emprestar ao fantoche nossas vozes e gestos, carregados de
significados e afetos para chegarmos facilmente ao coração da criança, pois
contar histórias é oferecer um presente.
https://www.facebook.com/pages/Projeto-Cidad%C3%A3o/175095205878244?ref=hl Confira e vamos embora.
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